Embolização Prostática
Como funciona a Embolização prostática?
Examinamos mais de perto esse tratamento minimamente invasivo para pacientes que lidam com os sintamas da próstata aumentada.
O que é a embolização prostática?
A embolização prostática é um tratamento minimamente invasivo, inovador e não cirúrgico para homens com sintomas do trato urinário causados pelo aumento da próstata (hiperplasia prostática benigna, ou HPB). Em diversos estudos clínicos, este procedimento demonstrou excelentes resultados com baixo risco.
O que é a hiperplasia prostática benigna (HPB)?
A próstata é uma glândula localizada logo abaixo da bexiga. Ele envolve a uretra, o tubo que transporta a urina para fora da bexiga. À medida que o homem envelhece, a próstata aumenta e muitas vezes começa a pressionar a uretra, reduzindo o fluxo de urina. Esse aumento do volume da próstata não relacionado ao câncer é chamado de hiperplasia prostática benigna.
A hiperplasia prostática benigna é a doença mais comum da próstata e é muito comum em homens de meia-idade e idosos. Pode afetar 50% dos homens com 60 anos e 90% das pessoas com mais de 85 anos. Para alguns homens, a redução no fluxo de urina pode ser significativa, determinando redução na qualidade de vida.
Quais os sintomas mais comuns da HPB?
O aumento da próstata pode causar sintomas muito debilitantes que têm impacto na qualidade de vida. Alguns homens podem permanecer assintomáticos e não necessitarem de tratamento, apesar de apresentarem aumento prostático significativo. Os principais sintomas incluem:
Aumento da frequência de micção com eliminação de pequenas quantidades de urina, principalmente à noite.
Jato urinário fraco e/ou interrompido.
Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após urinar e/ou dificuldade em iniciar a micção.
Urgência urinária com dificuldade em controlar a micção.
Incapacidade de urinar, resultando em retenção urinária, que pode necessitar de colocação de sonda vesical.
Sangue na urina.
Infecções do trato urinário.
Disfunção erétil (geralmente causada pela medicação para conter os sintomas).
🚨 Se não for tratada, a HBP causa retenção urinária e pode levar a complicações graves, como infecções do trato urinário, cálculos na bexiga, hematúria (sangue na urina) e insuficiência renal.
Como a HPB é diagnosticada e quais as opções de tratamento?
O diagnóstico é feito com base no histórico médico do paciente e em um exame físico detalhado. Além de exames de sangue (dosagem do PSA), ultrassonografia e/ou ressonância magnética da próstata. Existem vários tratamentos sugeridos, de acordo com a gravidade dos sintomas.
⚠️ Se você apresenta sintomas urinários, converse com o seu urologista e com o seu radiologista intervencionista.
Como funciona a embolização prostática?
Durante o procedimento, um cateter (um tubo estreito) é inserido na virilha ou no pulso. O radiologista intervencionista usa imagens de raios-X para guiar este cateter até os vasos que irrigam a próstata. Depois de confirma que o cateter está na posição correta, pequenas esferas são enviadas através do cateter e colocadas dentro das artérias que levam à próstata. As esferas restringem o fluxo sanguíneo para a próstata e fazem com que ela encolha.
Na grande maioria dos casos este procedimento é realizado sob sedação. Dessa forma permitimos que a maioria dos pacientes volte para casa no mesmo dia do procedimento ou no dia seguinte, pela manhã.
O que você precisa saber
Os sintomas de urinários relacionados à hiperplasia prostática benigna estão presentes em 50% dos homens com 60 anos e 90% das pessoas com mais de 85 anos.
O tratamento só é necessário se os sintomas se tornarem incômodos (redução da qualidade de vida).
A embolização prostática é um tratamento minimamente invasivo e não cirúrgico que apresenta um risco menor de incontinência urinária e efeitos colaterais sexuais (ejaculação retrógrada ou disfunção erétil), quando comparado a procedimentos cirúrgicos mais invasivos.
Como sei se a embolização prostática é ideal para mim?
Este tratamento não cirúrgico é para homens com sintomas relacionados ao aumento do volume prostático que tentaram outras terapias e desejam ou precisam evitar cirurgias mais invasivas. A consulta com o radiologista intervencionista pode determinar se você é um candidato ideal. Nesta consulta, você pode ser perguntado com que frequência você tem sintomas urinários relativos ao aumento prostático, quão graves eles são e o quanto eles afetam sua qualidade de vida.
Se você tem sintomas do trato urinário, como micção frequente ou incapacidade de esvaziar a bexiga.
Se você tentou medicação por seis meses ou mais sem alívio dos sintomas, ou se a medicação causou efeitos colaterais significativos.
Se você foi avaliado e foi excluido o risco para câncer de próstata.
🫵 E, se você estiver considerando este procedimento, agende uma consulta conosco. Juntos, determinaremos se a embolização prostática é o tratamento mais adequado para você.
Quais são os riscos da embolização prostática?
Os pacientes podem apresentar sintomas por alguns dias após o procedimento, o que pode incluir náuseas, vômitos, febre, dor pélvica ou micção dolorosa ou frequente.
Outros riscos incluem hematoma no local da punção; sangue na urina, sêmen ou fezes; espasmo da bexiga; ou infecção do local da punção ou da próstata.
Orientações e medicamentos serão prescritos para amenizar a grande maioria dos sintomas relacionados ao procedimento.
Os benefícios da embolização prostática
Tratamento minimamente invasivo.
Menor risco de incontinência urinária.
Os resultados podem ser experimentados dentro de alguns dias.
Sem efeitos colaterais sexuais.
Não há necessidade de sonda vesical de demora.
Menos dor e desconforto durante e após o procedimento.
Perguntas frequentes
A embolização prostática é coberta pelos planos de saúde?
Sim. A Agência Nacional de Saúde (ANS) já incluiu a Embolização prostática no Rol de Procedimentos de cobertura obrigatória para planos de saúde. O Rol da ANS pode ser consultado no seguite endereço eletrônico: Rol da ANS
Se a minha próstata voltar a crescer, ainda posso realizar cirurgia após a embolização prostática?
Sim. Um dos maiores benefícios das terapias minimamente invasivas é que elas não impedem que você faça mais tratamentos, se necessário, no futuro. Isto inclui terapia medicamentosa, ressecção transuretral (RTU) ou mesmo repetir a embolização prostática.